Chama-se “Guia para entender as eleições para o Parlamento Europeu”, e é uma espécie de livro de receitas rápidas para os líderes dos partidos pró-União Europeia (UE) conduzirem a campanha para as eleições que se realizam nos 27 Estados-membros entre 6 e 9 de junho, num momento em que a eventual ascensão dos partidos de extrema-direita é um quebra-cabeças para os defensores das políticas de Bruxelas.
Este novo estudo do European Council on Foreign Relations (ECRJ) que abarca 12 países, incluindo Portugal, conclui que a extrema-direita “não é vista como um fenómeno unitário, com alguns partidos a desintoxicarem-se com êxito, enquanto outros são vistos como radicais e perigosos, mesmo em questões fundamentais relacionadas com a adesão à UE". Dito de outra forma, o último estudo do ECRJ – divulgado esta quinta-feira – defende que “o movimento anti-europeu está dividido nos seus objetivos e ambições”.
De acordo com este think-tank que se apresenta no seu site como “um grupo de reflexão internacional que produz investigação independente sobre a política externa e de segurança europeia, os líderes dos partidos de extrema-direita só são reconhecidos pela maioria do eleitorado “como defensores da saída do seu país da UE” em quatro países: Alemanha (55%), Áustria (58%), Países Baixos (63%) e Suécia (59%).
Em todos os outros, com destaque para Itália, poucos acreditam que o partido no poder, liderado por Giorgia Meloni, defenda a rutura do país com Bruxelas. Recorde-se que os Irmãos de Itália (partido de Meloni) no Parlamento Europeu, pertencem ao grupo Conservadores e Reformistas Europeus, ou seja, a família política diferente da Identidade e Democracia de Matteo Salvini e de Marine Le Pen (entre outros).
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: mgoucha@expresso.impresa.pt