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Rússia

“Alexei Navalny não era político por natureza, era um homem de fortes convicções e por momentos acreditou ser intocável”

Alexei é detido pela policia durante um comício em 2017. Mais tarde, foi condenado a uma pena de quinze dias de prisão.
Alexei é detido pela policia durante um comício em 2017. Mais tarde, foi condenado a uma pena de quinze dias de prisão.
Evgeny Feldman

As palavras são de Ana Luísa Calmeiro, editora em Portugal de “Patriota”, livro de memórias de Alexei Navalny, o opositor de Putin. A lançar a nível mundial no dia 22 de outubro, a obra implicou uma preparação inédita, sujeita a fortes regras de segurança e sigilo, a que editora teve de se sujeitar. O Expresso fará, nos próximos dias, uma pré-publicação exclusiva, antes do lançamento internacional

Uma fé imbatível tê-lo-á levado de volta aos que o tentaram matar. Opositor de Putin mais famoso nos últimos anos, o advogado e ativista político Alexei Navalny regressou à Rússia convencido de que o ditador que queria depor não teria coragem de pôr a sua vida em risco, de novo. Não foi o que aconteceu.

Em janeiro de 2021, assim que desceu do avião, recuperado da tentativa de envenenamento de que fora vítima cinco meses antes, Navalny caiu nas mãos da máquina opressora do regime que pretendia derrubar. O que se seguiu foi um longo tormento, que acabou na sua morte, a 16 de fevereiro de 2024, numa prisão de alta segurança, no Ártico. Prémio Sakharov 2021, Navalny terá começado nessa altura a escrever a sua autobiografia, que agora é editada pela família. Chama-se “Patriota”, e será lançada a nível mundial no dia 22 de outubro.

O Expresso garantiu o exclusivo da pré-publicação de um dos seus capítulos (que fará em breve), e falou com a editora, Ana Luísa Calmeiro, responsável pela preparação da edição portuguesa (Ideias de Ler), tendo em conta que foram seguidas regras de segurança muito particulares. O livro é apresentado como a “última carta ao mundo” de Navalny, e nele pode ser lido “o relato dos seus últimos anos passados na prisão mais cruel do planeta”.

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