O pianista russo Pavel Kushnir morreu, em 28 de julho, na prisão em Birobidzhan, uma cidade no extremo oriente russo, próxima da China, enquanto esperava julgamento por acusações ligadas às críticas que fez à invasão da Ucrânia pela Federação Russa, avança o Mediazona, um meio independente russo. Kushnir tinha 39 anos.
O meio citou a sua mãe, Irina Levina, segundo a qual um investigador lhe tinha afirmado que o filho tinha morrido enquanto estava a fazer uma greve de fome.
Não há qualquer informação oficial sobre a morte de Kushnir.
A sua detenção ocorreu em maio, depois de ter criticado, no seu canal no Youtube, o Kremlin pela invasão da Ucrânia.
Depois de se formar no Conservatório Tchaikovsky, em Moscovo, Kushnir atuava como solista nas orquestras de Kursk e Kurgan, antes de passar a integrar a de Birobidzhan no último ano.
A repressão de ativistas da oposição, jornalistas independentes e críticos do governo pelo Kremlin intensificou-se desde que Vladimir Putin enviou tropas para a Ucrânia, em fevereiro de 2022.
Centenas enfrentaram acusações criminais e milhares foram multados ou detidos por períodos curtos.
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