Putin propõe demissão do ministro da Defesa ao parlamento russo
Sergei Shoigu deve ser substituído por Andrei Belousov, vice-primeiro-ministro russo
Sergei Shoigu deve ser substituído por Andrei Belousov, vice-primeiro-ministro russo
O Presidente Vladimir Putin propôs este domingo ao parlamento a demissão do ministro da Defesa Sergei Shoigu, avança a agência Reuters, citando informação da câmara alta da assembleia federal da Rússia.
Segundo a mesma fonte, Putin propôs Andrei Belousov, vice-primeiro-ministro russo, para o cargo, que Shoigu ocupava desde 2012. De acordo com a agência Associated Press, depois de propor a demissão de Sergei Shoigu, Vladimir Putin – que iniciou esta semana o seu quinto mandato – assinou um decreto a nomeá-lo secretário do conselho de segurança nacional da Rússia, substituindo Nikolai Patrushev.
A nomeação de Andrei Belousov como ministro da Defesa terá que ser aprovada pelos deputados russos, o que se espera que seja uma mera formalidade.
Shoigu, que ocupava o cargo desde 2012, é um velho aliado de Putin, mas ao longo dos mais de dois anos de duração da guerra na Ucrânia foi também criticado por falhas estratégicas, inclusivamente por parte do líder do grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, que liderou uma revolta contra o próprio Putin em junho de 2023 – e morreu num acidente de aviação dois meses depois. Para além disso, o vice-ministro Timur Ivanov enfrenta uma acusação de corrupção, relacionada com projetos de construção do ministério da Defesa, e pode ser condenado a 15 anos de prisão.
A equipa de Alexei Navalny, falecido opositor de Putin, conduziu investigações anticorrupção e acusou Ivanov de ter um estilo de vida luxuoso. Para além disso, o vice-ministro fora alvo de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia em 2022, após a invasão da Ucrânia pela Rússia.
Putin justifica a escolha de Belousov com a necessidade de ter um ministério "aberto à inovação e a nova ideias". O novo ministro já tinha tido a pasta do Desenvolvimento Económico, durante a presidência de Dmitri Medvedev, entre 2008 e 2012, e foi assistente do Presidente para a área económica durante sete anos.
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