Rússia

Serviços secretos do Tajiquistão detêm nove suspeitos do ataque em Moscovo

Serviços secretos do Tajiquistão detêm nove suspeitos do ataque em Moscovo
Evgenia Novozhenina/Reuters

Suspeitos foram detidos no distrito de Vajdar, um subúrbio da capital tajique, Dushanbe, em colaboração com membros das forças de segurança russas

Os serviços de inteligência do Tajiquistão anunciaram esta sexta-feira a detenção de nove suspeitos do atentado terrorista da passada sexta-feira numa sala de espetáculos russa, no noroeste de Moscovo, que provocou até ao momento 144 mortos e 180 feridos. Os suspeitos foram detidos no distrito de Vajdar, um subúrbio da capital tajique, Dushanbe, em colaboração com membros das forças de segurança russas, revelou uma fonte dos serviços de inteligência da antiga república soviética às agências de notícias russas.

Estas nove pessoas terão ligações ao Estado Islâmico (EI), que reivindicou o ataque, dizendo que ocorreu no contexto da "guerra violenta" entre o grupo e "os países que lutam contra o Islão". O atentado, que os meios de comunicação social russos começaram a noticiar na sexta-feira por volta das 20:15 de Moscovo (17:15 em Lisboa), foi levado a cabo por vários indivíduos armados na Crocus City Hall, uma sala de espetáculos situada em Krasnogorsk, nos arredores da capital russa.

O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB, na sigla em inglês) comunicou a detenção de 11 pessoas relacionadas com o atentado. Entre os detidos, encontram-se quatro suspeitos de ter perpetrado o atentado (que são acusados de "ato de terrorismo", crime punível na Rússia com prisão perpétua), comunicou o diretor do FSB, Alexander Bortnikov, ao Presidente russo, Vladimir Putin.

Os suspeitos, que ofereceram resistência, foram detidos numa estrada da região de Briansk, junto à fronteira com a Ucrânia, para onde, segundo as autoridades russas, pretendiam alegadamente fugir. Nas últimas horas, as autoridades do país vizinho Quirguistão alertaram que grupos terroristas estão a recrutar pessoas através das redes sociais e dos serviços de mensagens, incluindo o Telegram, para realizar "ações terroristas" na Rússia.

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate