Reino Unido

"Intenção de exercer violência": Protesto da extrema-direita em Londres acabou com 26 polícias feridos e 25 detidos

Manifestação da extrema-direita em Londres teve momentos de confronto com a polícia
Manifestação da extrema-direita em Londres teve momentos de confronto com a polícia
Anadolu

Vinte e seis polícias ficaram feridos e 25 pessoas foram detidas, no sábado, durante os distúrbios provocados em Londres por alguns membros da manifestação convocada pela extrema-direita para protestar contra o aumento da imigração ilegal

Vinte e seis polícias ficaram feridos e 25 pessoas foram detidas, no sábado, durante os distúrbios provocados em Londres por alguns membros da manifestação convocada pela extrema-direita para protestar contra o aumento da imigração ilegal, anunciou a polícia este domingo.

Organizada pelo ativista de extrema-direita Tommy Robinson, a manifestação "Unir o Reino" foi contestada por um outro protesto antifascista na capital britânica, de apoio aos requerentes de asilo no Reino Unido.

Quatro dos 26 agentes sofreram ferimentos graves, enquanto outros ficaram com dentes partidos e uma possível fratura no nariz, adianta a Polícia Metropolitana londrina em comunicado.

"Se ambos os protestos começaram praticamente sem incidentes, é profundamente lamentável que vários participantes da manifestação 'Unir o Reino' se tenham envolvido em distúrbios em vários lugares", salienta.

A Polícia Metropolitana estima que tenha participado no protesto entre 110.000 a 150.000 pessoas, "superando em muito as estimativas dos organizadores".

As forças da ordem relataram que os incidentes ocorreram quando numerosos manifestantes de extrema-direita tentaram ultrapassar as zonas isoladas, criadas para impedir que a marcha "Unir o Reino" acedesse ao local reservado para a outra manifestação, na qual participaram cerca de 5.000 pessoas.

"Quando os agentes intervieram para bloquear o seu caminho, foram agredidos com pontapés e socos. Também foram atiradas garrafas, foguetes e outros projéteis, e foram feitas tentativas concertadas para ultrapassar as barreiras", salienta o comunicado.

Segundo a Polícia Metropolitana, os agentes tiveram de usar equipamento de proteção completo e, em vários locais, escudos.

Também foram utilizados cavalos e cães para manter os manifestantes do protesto da extrema-direita afastados da contra manifestação, refere, informando que foram detidas 25 pessoas por distúrbios violentos, agressões e danos.

O subcomissário da Polícia Metropolitana, Matt Twist, disse que os agentes foram vigiar o protesto, "sabendo que seria intenso e potencialmente desafiador".

"Eles vigiaram sem medo ou favoritismo e abordaram a interação com todos os manifestantes de forma positiva", frisou Matt Twist, acrescentando: "sem dúvida, muitos compareceram para exercer seu direito legítimo de protestar, mas muitos compareceram com a intenção de exercer violência".

Os manifestantes formaram um rio de bandeiras britânicas e inglesas com a Cruz de São Jorge ao longo das ruas por onde passaram e empunhavam cartazes com mensagens como "mandem-nos de volta para casa" ou "parem os barcos".

Na manifestação antifascista, os manifestantes cantaram: "Digam alto, digam claro, os refugiados são bem-vindos aqui" ou "o povo unido, jamais será vencido".

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