Exclusivo

Reino Unido

Ex-MNE James Cleverly está fora da corrida à liderança dos conservadores (e ninguém consegue explicar como isto aconteceu)

Kemi Badenoch e Robert Jenrick disputarão a liderança do Partido Conservador britânico
Kemi Badenoch e Robert Jenrick disputarão a liderança do Partido Conservador britânico
Getty Images

Eliminação do antigo chefe da diplomacia e, depois, ministro do Interior surpreende analistas. Pode ter-se devido a votação tática que correu mal. Os nomes a submeter ao voto dos militantes serão Kemi Badenoch e Robert Jenrick, ambos membros do Governo de Rishi Sunak, derrotado nas urnas em julho, mas menos próximos do então primeiro-ministro do que o afastado Cleverly

Ex-MNE James Cleverly está fora da corrida à liderança dos conservadores (e ninguém consegue explicar como isto aconteceu)

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Os jornais do Reino Unido ainda procuram explicações para o que possa ter acontecido na corrida à liderança do Partido Conservador. James Cleverly, deputado e ministro dos Negócios Estrangeiros (e, depois, do Interior) durante o Governo de Rishi Sunak, era o claríssimo favorito, mas acabou afastado esta quarta-feira, por ter ficado em último numa votação dos deputados tories. Restam dois concorrentes: Kemi Badenoch, que foi ministra da Economia e secretária de Estado da Mulher e da Igualdade; e Robert Jenrick, ex-ministro da Saúde e secretário de Estado, sucessivamente, em pastas como Imigração, Habitação e Tesouro.

De um total de seis candidatos, o grupo parlamentar eliminou quatro em rondas de votação desde setembro. O instituto YouGov fez uma sondagem aos militantes do Partido Conservador, a quem cabe agora escolher entre Badenoch e Jenrick. A primeira venceria por 54% contra 46%, prevê o estudo. O resultado da votação postal será conhecido a 2 de novembro.

Terça-feira, tinha ficado afastado Tom Tugendhat, secretário de Estado da Segurança no Executivo de Sunak. O facto ter sido eliminado, argumentava os principais analistas, poderia significar que os votos que lhe tinham sido destinados passariam para Cleverly, por serem relativamente semelhantes nas ideias que propõem e na ideia de liderança austera e séria que transmitem, vindos da ala moderada do partido. Mas não foi isso que aconteceu.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: afranca@impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate