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Reino Unido

Contra a “banha da cobra do populismo”, discurso do rei indica prioridades de um Governo com marca ideológica

A abertura da sessão legislativa é a cerimónia mais solene do Parlamento britânico
A abertura da sessão legislativa é a cerimónia mais solene do Parlamento britânico
Henry Nicholls/AFP via Getty Images

Carlos III leu, numa faustosa cerimónia parlamentar, a primeira declaração de intenções de um Governo trabalhista britânico desde 2009. O novo primeiro-ministro, Keir Starmer, quis dar sinal de viragem à esquerda com responsabilidade na gestão dos dinheiros, e procurará uma relação mais próxima com a União Europeia. “Há mais intervenção estatal do que vimos em muitos anos”, comenta ao Expresso a politóloga Alia Middleton

Contra a “banha da cobra do populismo”, discurso do rei indica prioridades de um Governo com marca ideológica

Pedro Cordeiro

Editor da Secção Internacional

Acabou-se a “política enquanto performance e o interesse próprio à frente do serviço” no Reino Unido. Quem o afirmou foi o rei, mas quem escreveu o discurso que Carlos III leu na Câmara dos Lordes foi o novo primeiro-ministro. O monarca protagonizou no Parlamento, esta quarta-feira, a abertura solene da sessão legislativa, elencando as prioridades do Governo para o ano que se segue. Desta vez com especial interesse, por se tratar de um novo Executivo, chefiado pelo trabalhista Keir Starmer, após 14 anos do Partido Conservador no poder.

“O meu Governo estará comprometido a unir o país na nossa missão partilhada de renovação nacional. Serviremos todas as pessoas, independentemente do seu sentido de voto, para consertar os alicerces desta nação a longo prazo”, lê-se no documento. Para o primeiro-ministro, “é a batalha pela confiança que defina a nossa era política” e “só servindo os interesses do povo trabalhador e realizando mudanças reais que transformam vidas será possível recuperar a fé das pessoas na política enquanto força para o bem”.

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