Não há tempo a perder em Downing Street. Um a um, foram chegando esta tarde ao número 10 os novos governantes com que Keir Starmer vai poder contar para as reformas que quer conduzir - e são muitas, a avaliar pela sua intenção declarada de reconstruir o país “tijolo a tijolo”. O novo primeiro-ministro já começou a nomear o seu gabinete, e a primeira pessoa a passar pela porta, às 14h, foi Angela Rayner, a número dois trabalhista que passará a ser vice-primeira-ministra.
O líder do Executivo resolveu apostar em caras conhecidas, que confiram à sua tutela uma imagem de credibilidade. Starmer transferiu (quase integralmente) o seu gabinete sombra para os cargos correspondentes. Entre os nomes mais sonantes, a número dois do “Labour”, Angela Raynar, tornar-se-á a nova vice-primeira-ministra, e Rachel Reeves tornar-se-á a primeira mulher a assumir o cargo de ministra das Finanças do Reino Unido em 800 anos. A continuidade das duas mulheres que já assumiam cargos similares no governo sombra é estratégica e inspirada no passado, diz ao Expresso Christopher Pich, professor de Marketing Político na Nottingham University Business School. “Acredito que o primeiro-ministro Starmer tentará replicar a abordagem do antigo primeiro-ministro Tony Blair e do antigo primeiro-ministro David Cameron, para promover ministros que passaram vários anos a acompanhar as suas novas funções para garantir que haja consistência, competência, profissionalismo e estabilidade no seu novo Governo.”
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