Rachel Reeves tinha sete anos quando o pai começou a incutir-lhe o "bichinho do xadrez". Mais tarde, tornou-se a campeã britânica feminina sub-14. A “Sky News” descreve-a como “competitiva”, e terá sido essa competitividade que a ajudou a chegar ao cargo que nunca em 800 anos tinha sido ocupado por uma mulher: a liderança do Ministério das Finanças do Reino Unido. É, aliás, a primeira vez no Reino Unido que mulheres ocupam os cargos de vice-primeira ministra e de ministra das Finanças.
A 'número dois' do Partido Trabalhista, Angela Rayner, foi nomeada vice-primeira-ministra do Reino Unido, e Rachel Reeves ministra das Finanças pelo primeiro-ministro, Keir Starmer, anunciou o novo Governo. Rayner, de 44 anos e deputada desde 2015, também será ministra para o Nivelamento, Habitação e Comunidades.
“A nova ministra das Finanças Rachel Reeves tem experiência em política económica e uma ideia muito clara do que quer fazer”, diz ao Expresso Karl Pike, professor de políticas públicas na Queen Mary University of London e autor de “Getting Over New Labour”.
Rachel Reeves é uma antiga economista do Banco de Inglaterra. Ao lado do líder trabalhista Keir Starmer, trabalhou para mudar a imagem do partido junto dos eleitores, depois de aquela força política ter sofrido a sua pior derrota desde 1935, nas eleições de 2019. Reeves procurou retratar o Partido Trabalhista como orçamentalmente responsável.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt