O folhetim de demissões nos Reino Unido teve novo desenvolvimento depois de o primeiro-ministro, Rishi Sunak, ter demitido o presidente o partido conservador Nadhim Zahawi. A razão para o despedimento não é original, mas suficiente. Sunak já tinha sido avisado em outubro das suspeitas sobre Zahawi, que vieram a confirmar-se, de que tinha quebrado o código ministerial com os seus impostos.
O ex-ministro pelo Tesouro foi alvo de numerosas e insistentes perguntas tanto no Parlamento como nos media após se ter descoberto que pagou milhões de libras ao departamento do Governo que coleta impostos na sequência de um acordo de regularização com aquele departamento, revela o “The Guardian”.
O primeiro-ministro Sunak tinha prometido “integridade, profissionalismo e contas transparentes ao mais alto nível” para o seu Governo, daí a pressão de que vinha a ser objeto para demitir o líder dos tories do gabinete.
Numa carta endereçada a Zahawi, Sunak escreve que o conselheiro ético, Sir Laurie Magnus, concluíra haver um “quebra séria” do código ministerial razão pela qual, acrescenta o PM, “O informo da minha decisão de retirá-lo da sua posição no Governo de Sua Majestade”.
Segundo o “Guardian”, Zahawi não declarou a investigação de que estava a ser objeto por parte do departamento de coleta fiscal ao secretário permanente do Tesouro após ter sido nomeado ministro daquela pasta por Boris Johnson em 5 de julho de 2022, altura em que a investigação estava em curso havia já um ano. A segunda “quebra” do código ministerial cometida foi ter omitido ter pago uma multa por fuga ao fisco quando foi nomeado para o gabinete de Liz Truss, em setembro, e para o de Sunak, em outubro.
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