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Aproximação de eleições em Moçambique faz crescer ameaça das minas terrestres: “Foram décadas a viver com esse flagelo”

Eleições em Moçambique disputam-se esta quarta-feira, 9 de outubro
Eleições em Moçambique disputam-se esta quarta-feira, 9 de outubro
Siphiwe Sibeko/Reuters

Menos de uma década depois de Moçambique ter sido oficialmente declarado como país livre de minas terrestres, a população de Cabo Delgado vive novamente o terror desta ameaça, com novos relatos a surgirem nos últimos meses naquela região do norte do país

Segundo o relatório do Armed Conflit Location & Event Data (ACLED), o número de vítimas provocado por minas terrestres em Cabo Delgado sofreu um aumento de 300% entre o segundo semestre de 2023 e o primeiro semestre de 2024, do qual 75% entre a população civil. Ainda segundo a mesma fonte, de entre as vítimas civis, 83% eram crianças.

A província viveu um período de aparente acalmia durante o ano de 2023, com o uso por parte dos insurgentes de engenhos de fabrico artesanal (IED´s, Dispositivos Explosivos Improvisados), até que em dezembro começaram a surgir relatos do uso de engenhos mais sofisticados e destinados “com sucesso” contra as forças de segurança presentes na região, tendo sido registadas um total de 26 detonações.

Os ataques com este tipo de engenhos têm ocorrido sobretudo nas vias rodoviárias que ligam as principais vilas e cidades de Cabo Delgado, com especial incidência para os distritos de Macomia, Muidumbe e Mocimboa da Praia, na zona sul da província, embora já haja também registos de detonações na região de Palma, no norte.

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