O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse que está a trabalhar com o Presidente norte-americano, Donald Trump, num plano de 21 pontos para pôr fim às hostilidades em Gaza, mas que ainda não está concluído.
"Estamos a trabalhar nisso. Ainda não está finalizado, mas estamos a trabalhar com a equipa do Presidente Trump, na verdade, agora. E espero que possamos realizá-lo", disse Netanyahu, numa entrevista à cadeia norte-americana Fox News, na véspera de ser recebido por Trump na Casa Branca.
"Queremos libertar os nossos reféns. Queremos acabar com o domínio do Hamas e desarmá-los, desmilitarizar Gaza no novo futuro que está a ser preparado para Gaza, para os israelitas e para toda a região", acrescentou o líder israelita.
Trump, que vem dizendo há dias que um acordo entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas está "muito próximo", escreveu hoje na sua rede social, Truth Social, uma mensagem revelando que “algo especial” está a ser preparado para a região.
“Temos uma oportunidade real de alcançar algo grande no Médio Oriente. Todos estão prontos para algo especial, algo inédito. Nós vamos conseguir”, escreveu o líder da Casa Branca.
"O Presidente Trump faz o que faz porque decide o que é melhor no interesse dos Estados Unidos. E eu já disse isso muitas vezes, eu não decido. Acho que o Presidente Trump é o líder mais independente e incrível que já vi", acrescentou.
Hoje, o Hamas lamentou não ter recebido qualquer nova proposta de mediadores para tréguas em Gaza, depois da suspensão das negociações no início do mês, e afirmou-se disposto a considerar uma eventual oferta.
O ataque provocou, segundo o Hamas, a morte de cinco membros do movimento islamita palestiniano - nenhum dos quais eram responsável da delegação de negociações -, tendo sido criticado por vários Estados.
O Hamas admitiu hoje estar disposto a considerar qualquer nova proposta “de forma positiva e responsável”, depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter apresentado um plano de 21 pontos para pôr fim à guerra Gaza numa reunião com representantes de países árabes realizada em Nova Iorque.
Os dois líderes vão reunir-se em Washington na segunda-feira, após a semana de alto nível das Nações Unidas em que 11 países, incluindo Portugal, reconheceram o Estado palestiniano, aumentando a pressão sobre Israel.
Um comité independente da ONU e um número crescente de países classificaram a ofensiva militar de Israel em Gaza como um genocídio. Até à data, mais de 66.000 palestinianos foram mortos, incluindo 19.000 crianças, segundo dados das autoridades de Gaza, controladas pelo Hamas, que as Nações Unidas consideram fiáveis.
Dos cerca de 250 reféns feitos pelo Hamas no ataque contra Israel em 07 de outubro de 2023, permanecem detidos na Faixa de Gaza 48, dos quais 20 se acredita estarem vivos.
O ataque do Hamas fez perto de 1.200 mortos, a maioria civis.
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