Guerra no Médio Oriente

Dez países, incluindo Portugal, vão reconhecer Estado da Palestina na segunda-feira

Dez países, incluindo Portugal, vão reconhecer Estado da Palestina na segunda-feira
HAITHAM IMAD

Além de França, que está por detrás da iniciativa, e de Portugal, os outros países são Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino

Dez países, entre os quais Portugal e França, vão reconhecer o Estado palestiniano na segunda-feira, numa conferência em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU, anunciou esta sexta-feira o Palácio do Eliseu.

Nessa conferência, estarão representados dez países que decidiram proceder ao reconhecimento do Estado da Palestina, indicou um conselheiro do Presidente francês, Emmanuel Macron, à comunicação social.

Além de França, que está por detrás da iniciativa, e de Portugal, os outros países são Andorra, Austrália, Bélgica, Canadá, Luxemburgo, Malta, Reino Unido e São Marino, acrescentou.

Fontes do Eliseu defenderam hoje que é “urgente” salvar a solução dos dois Estados, um Estado palestiniano ao lado de Israel, em coexistência pacífica nas fronteiras internacionalmente reconhecidas desde 1967, porque é a única alternativa à “guerra permanente”.

Para formalizar este reconhecimento, Emmanuel Macron proferirá um discurso na segunda-feira, pelas 15h de Nova Iorque (20h de Lisboa), durante a conferência a que copresidirá com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman.

Este último, “de acordo com as últimas informações de que dispomos, intervirá por videoconferência”, precisou uma fonte francesa.

Israel não tem parado de contestar o reconhecimento por países estrangeiros de um Estado da Palestina (148, até agora), argumentando que não haverá Estado palestiniano e que tal recompensa o Hamas, o movimento islamita palestiniano que levou a cabo, a 7 de outubro de 2023, em território israelita o ataque de proporções sem precedentes (cerca de 1200 mortos e 251 reféns) que desencadeou, horas depois, a guerra na Faixa de Gaza que já fez mais de 65 mil mortos e de 165 mil feridos, na maioria civis.

As fontes francesas justificam este reconhecimento só acontecer agora e ter demorado quase dois anos desde o início da guerra em Gaza com o facto de a situação atual constituir um ponto de viragem que coloca muitos perigos.

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