A maioria dos israelitas quer o fim da guerra, mas 30% acham que o país deve manter a pressão militar e ocupar a Faixa de Gaza, mesmo que isso prejudique a vida dos reféns, refere uma sondagem hoje publicada.
A sondagem, publicada pelo jornal Maariv, foi realizada nos dias 06 e 07, após a fuga de informação sobre a intenção do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, de assumir o controlo de todo o enclave palestiniano.
De acordo com a sondagem, realizada junto de 504 pessoas e com um erro máximo de amostragem de 4,4%, a maioria dos israelitas (57%) acredita que Israel deve esforçar-se por chegar a um acordo com o Hamas para libertar os reféns em troca do fim da guerra e da retirada do grupo islamita da Faixa de Gaza.
Em relação às negociações de cessar-fogo entre o Hamas e Israel, dois terços (66%) acreditam que o grupo islâmico é responsável pelo fracasso, seja exclusiva (44%) ou principalmente (22%), enquanto 15% culpam Israel e 13% afirmam que ambos os lados são igualmente responsáveis.
Apesar de o Gabinete de Segurança de Israel só ter aprovado a ocupação militar da cidade de Gaza, Benjamin Netanyahu já tinha afirmado que queria estender a operação a toda a Faixa.
Em declarações à estação norte-americana de televisão Fox News, antes da reunião, o primeiro-ministro israelita explicou que o objetivo é ocupar toda a Faixa de Gaza, não para a manter ou governar, mas para criar um "perímetro de segurança" que deve ser gerido pelas "forças árabes" sem ameaçar Israel e sem o Hamas.
As Forças Armadas israelitas têm-se mostrado relutantes em implementar este plano, que passa por operar em locais onde há reféns (20 permanecem vivos e 30 mortos), por temerem que as milícias palestinianas em Gaza os executem à medida que as tropas avançam, como aconteceu no final de agosto de 2024.
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