Nesma tem 24 anos e é natural de Gaza, onde a rotina abraça o luto e a escassez todos os dias. “A minha família precisa desesperadamente de apoio”, diz ao Expresso, lembrando ao mundo que já se passaram quase dois anos desde o início da guerra. A avó, o avô, uma tia e o seu marido e filhos foram apenas alguns dos que foram morrendo à sua volta.
Para quem permanece vivo, resistir diariamente num território bloqueado, onde a ajuda humanitária é limitada e armadilhada, é uma ocupação a tempo inteiro. O pai e o irmão de Nesma precisam urgentemente de tratamento médico fora de Gaza (os hospitais que restam estão assoberbados com os feridos que chegam todos os dias e os medicamentos escasseiam), mas as fronteiras estão fechadas há meses, conta.
Yousef, o mais novo da família, é uma criança com atraso no desenvolvimento e sem fala. “O meu irmão de cinco anos não consegue expressar o que precisa”, lamenta a jovem palestiniana.
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