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Guerra no Médio Oriente

Líbano pressionado por Israel e pelos EUA: “Desarmar o Hezbollah é impossível sem uma guerra civil e a aniquilação de parte da população”

Em Beirute, uma multidão assiste à cerimónia fúnebre em memória de dois membros do Hezbollah, Hussein Khalil e Mehdi Khalil, que morreram nos ataques aéreos israelitas contra o Irão
Em Beirute, uma multidão assiste à cerimónia fúnebre em memória de dois membros do Hezbollah, Hussein Khalil e Mehdi Khalil, que morreram nos ataques aéreos israelitas contra o Irão
Getty Images

O Governo libanês resiste à normalização das relações com Israel, solicitada pelo Governo do vizinho a sul. O cessar-fogo nunca foi completamente respeitado e o território sírio, adjacente, também é alvo de constantes ataques de Israel. Analistas alertam que ceder no desarmamento do Hezbollah pode mergulhar o país num novo conflito sectário e fragilizar ainda mais o Estado já debilitado por uma crise económica, instabilidade política e pela ocupação militar

Após a guerra do ano passado contra o Hezbollah, Israel continua a ocupar o Líbano, e o Presidente libanês, Joseph Aoun, já afirmou que o seu país não tem planos para normalizar os laços com os israelitas. Em vez disso, Beirute procura formar relações pacíficas com o seu vizinho a sul. “É orwelliano — para dizer o mínimo — pedir ao Líbano que ‘normalize’ as relações com Israel, enquanto Israel ocupa o Líbano e bombardeia áreas civis dia sim, dia não”, aponta Marina Calculli, perita de relações internacionais e assuntos do Líbano na Universidade de Leiden (Países Baixos).

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