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Guerra no Médio Oriente

Amnistia acusa Israel de violar lei internacional e matar civis: bombardeamento de prisão de Evin “em plena luz do dia é um crime de guerra”

Prisão de Evin, em Teerão, bombardeada pelas forças israelitas
Prisão de Evin, em Teerão, bombardeada pelas forças israelitas
ABEDIN TAHERKENAREH/EPA

Uma nova investigação da Amnistia Internacional mostra que Israel matou vários civis sem qualquer ligação ao aparelho militar iraniano ao bombardear por diversas vezes a prisão de Evin, onde o regime autoritário de Teerão encerra as vozes que lhe são críticas. Pelo menos 80 pessoas morreram. As prisões são considerados alvos civis no direito internacional e por isso não são um alvo legítimo. Vários dissidentes iranianos revoltaram-se contra este ataque, por muito que desprezem o seu próprio Governo

Amnistia acusa Israel de violar lei internacional e matar civis: bombardeamento de prisão de Evin “em plena luz do dia é um crime de guerra”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A Amnistia Internacional analisou 59 fotografias, 22 vídeos e entrevistou 23 pessoas para chegar a uma conclusão: os ataques de Israel à prisão de Evin, conhecida por albergar principalmente prisioneiros políticos foi uma violação do direito humanitário internacional, as regras legais que enquadram o que pode e não pode ser feito em contexto de guerra. E uma das coisas que as partes beligerantes estão impedidas de fazer é atacar prisões. Estes edifícios são considerados alvos civis e não há informações credíveis, segundo a investigação da Amnistia, que possam levar a crer que a prisão teria alguma função militar atribuída.

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