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Guerra no Médio Oriente

ONU diz que ataques ao Irão atrasaram o programa nuclear “meses”: EUA refutam, Teerão reivindica direito e Israel (para já) virou a página

Mural de homenagem a líderes militares assassinados por Israel, em Teerão
Mural de homenagem a líderes militares assassinados por Israel, em Teerão
Majid Saeedi / Getty Images

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica afirmou que “o Irão conserva as capacidades industriais e tecnológicas” para reativar o seu programa nuclear. “Se quiserem, poderão começar a fazê-lo de novo”, acrescentou. Em Washington, Teerão e Telavive, olha-se de forma diferente para o problema.

Margarida Mota

Jornalista

Não foram os Estados Unidos que iniciaram a recente guerra entre Israel e o Irão, mas foi o seu Presidente que ditou os termos do seu fim. Numa mensagem publicada na sua rede Truth Social, no dia 23, Donald Trump decretou um “cessar-fogo completo e total” para o conflito que batizou de “guerra dos 12 dias”.

Na véspera, numa mensagem à nação em que anunciou o bombardeamento dos EUA às instalações nucleares de Fordow, Natanz e Ishfahan, Trump afirmou: “O nosso objetivo era destruir a capacidade de enriquecimento nuclear do Irão e pôr fim à ameaça nuclear representada pelo Estado que mais patrocina o terrorismo no mundo. Esta noite, posso informar o mundo que os ataques foram um sucesso militar espetacular. As principais instalações de enriquecimento nuclear do Irão foram completa e totalmente obliteradas”.

Este domingo, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), a agência da ONU que inspeciona os programas nucleares dos países para garantir o cumprimento dos acordos de não proliferação, veio contrariar a verdade de Trump.

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