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Guerra no Médio Oriente

“Um Irão enfraquecido pode ser mais perigoso”: Israel “não pode clamar vitória” nem “sai disto mais forte”

Pessoas fazem compras num supermercado em Telavive, enquanto Israel se prepara para a retaliação do Irão, a 13 de junho
Pessoas fazem compras num supermercado em Telavive, enquanto Israel se prepara para a retaliação do Irão, a 13 de junho
Amir Levy/Getty Images

Apesar do mais que provável dano sério às suas principais centrais nucleares, ainda ninguém veio dizer que o programa nuclear do Irão acabou. É, aliás, quase impossível garantir isso quando ninguém sabe o que é feito dos cerca de 400 quilos de urânio que desapareceram das centrais e quando o regime precisa urgentemente de restabelecer a credibilidade da sua dissuasão. Israel “não perdeu mas também não ficou mais forte” e o Irão mostrou “que é capaz de quebrar defesas”, dizem os analistas consultados pelo Expresso. Como é que os últimos 12 dias podem reconfigurar o equilíbrio de forças no Médio Oriente?

“Um Irão enfraquecido pode ser mais perigoso”: Israel “não pode clamar vitória” nem “sai disto mais forte”

Ana França

Jornalista da secção Internacional

Depois de uma primeira avaliação, da Agência de Informações para a Defesa (DIA, em inglês), ter mostrado que os danos infligidos pelo ataque dos Estados Unidos às três principais centrais nucleares no Irão não teriam sido assim tão significativos, o diretor da CIA veio dizer que afinal os danos são profundos, uma avaliação reforçada pela Agência Internacional para a Energia Atómica (IAEA).

Até haver inspetores autorizados a visitar estes locais é impossível saber o que foi destruído e o tempo que pode demorar até que o Irão consiga reerguer o seu programa nuclear, mas se há uma coisa que não deve acontecer no Médio Oriente nos próximos tempos, por sinal exatamente a mesma que os Estados Unidos e Israel estavam à espera que acontecesse com os ataques que dirigiram ao Irão nos últimos dias, é o fim do programa nuclear da República Islâmica.

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