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Guerra no Médio Oriente

Daniel Mouton: “Existe o risco de entrarmos num ciclo de escalada, é preciso esperar para ver como o Irão reage”

Imagens da destruição causada pelos ataques aéreos na capital iraniana, Teerão
Imagens da destruição causada pelos ataques aéreos na capital iraniana, Teerão
Majid Asgaripour/Reuters

Debilitado o Hezbollah, e com pouca margem das suas tradicionais aliadas, Moscovo e Pequim, o Irão praticamente só pode recorrer ao Iraque e responder aos ataques norte-americanos. A intensidade dessa resposta determinará o futuro, mas Daniel Mouton, antigo funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos EUA e analista de temas do Médio Oriente, não põe de parte a possibilidade de alguma tranquilidade na região, depois de o pior passar: “Se o Irão deixar de ser uma ameaça para o resto da região, isso permitiria, de muitas formas, que o Médio Oriente se desmilitarizasse” [esta entrevista decorreu antes do ataque do Irão a bases americanas no Médio Oriente]

Das motivações de Donald Trump para se envolver na guerra à possibilidade de a Turquia, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos ganharem terreno e influência no Médio Oriente, Daniel Mouton, investigador no Scowcroft Middle East Security Initiative, parte do programa do Atlantic Council dedicado à região, e antigo funcionário do Conselho de Segurança Nacional dos EUA (2021–2023), analisa a guerra entre Israel e o Irão, com o envolvimento norte-americano. O antigo assistente militar do ministro da Defesa Jim Mattis no Pentágono e ex-chefe da cooperação em segurança em Beirute e Cairo acredita que tudo pode piorar ou melhorar no Médio Oriente, mas nada ficará na mesma.

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