A denúncia surge no meio de um conflito que já fez centenas de mortos e feridos, com a UNICEF a alertar que as crianças são as principais vítimas destes ataques em áreas residenciais
O Irão acusou hoje Israel de ter matado 45 crianças e mulheres desde que iniciou a ofensiva militar contra a República Islâmica na sexta-feira, 13 de junho.
"Quarenta e cinco crianças e mulheres foram mortas nos ataques israelitas e 75 dos feridos são também mulheres e crianças", disse a porta-voz do Governo iraniano, Fatemeh Mohajerani, citada pelos meios de comunicação social do Irão.
Mohajerani não deu o número total de mortos nos ataques, mas o Ministério da Saúde iraniano divulgou no domingo um balanço de 224 mortos e 1.257 feridos em todo o país, segundo a agência de notícias espanhola EFE.
O Irão respondeu aos ataques com o disparo de mísseis contra Israel que causaram 24 mortos, de acordo com as autoridades israelitas.
A diretora do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), Catherine Russell, alertou hoje que as crianças estavam a pagar o mais alto na guerra entre Israel e o Irão, tal como noutros conflitos armados.
"Os ataques iranianos e israelitas atingiram áreas residenciais, matando e ferindo civis, incluindo crianças, e danificando infraestruturas civis", lamentou Russel num comunicado citado pela agência de notícias espanhola Europa Press.
"Todas as crianças têm o direito de viver sem a ameaça da guerra e da violência", acrescentou.
Israel disse que a ofensiva em curso contra o Irão tem como alvo as infraestruturas nucleares e militares iranianas.
O Irão não reconhece Israel e acusa regularmente Telavive de sabotar as infraestruturas nucleares e de assassinar cientistas iranianos ligados ao programa nuclear.
Israel e o Ocidente acusam o Irão de desenvolver um programa nuclear para se dotar de armas atómicas, mas a República Islâmica afirma que visa apenas fins civis, nomeadamente a produção de energia.
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