Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

Nakba: 77 anos depois, embaixadora diz que “a História está a repetir-se”; académico acusa Ocidente de sustentar Israel

Os habitantes palestinianos começam a fugir para zonas que acreditam ser mais seguras, carregando os seus pertences, após fortes ataques israelitas
Os habitantes palestinianos começam a fugir para zonas que acreditam ser mais seguras, carregando os seus pertences, após fortes ataques israelitas
Getty Images

Mais de 70 anos depois da Nakba — a expulsão de mais de 700 mil palestinianos aquando da fundação de Israel, em 1948 — a História está a repetir-se, alertam vozes palestinianas e académicas. Em pleno cerco a Gaza, com dezenas de milhares de mortos e uma crise humanitária sem precedentes, a memória da catástrofe não é apenas passado. “A Nakba nunca acabou”, diz o académico Saree Makdisi

A família materna nunca mais conseguiu regressar à Palestina, e o tio, Mansoor, nunca mais viu as casinhas, os campos de trigo e os montes de Shefa Amr, uma cidade predominantemente árabe no norte de Israel. Perto dali encontra-se Hawsha, uma aldeia que ficou completamente destruída em 1948. Saree Makdisi, hoje académico libanês-palestiniano-americano, professor na Universidade da Califórnia, Los Angeles, e autor de “Palestina de dentro para fora: uma ocupação quotidiana”, garante que a Nakba ("a catástrofe") é “algo que afeta todos os palestinianos de diferentes formas”, mesmo aqueles que, como ele, nasceram depois da criação do Estado de Israel.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate