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Guerra no Médio Oriente

Da promessa de paz a uma nova guerra: Trump envolve-se em conflito “sem perpectivas de sucesso” contra os hutis

Rebeldes armados hutis comparecem a um cortejo fúnebre para as vítimas de um ataque aéreo norte-americano em Sanaa
Rebeldes armados hutis comparecem a um cortejo fúnebre para as vítimas de um ataque aéreo norte-americano em Sanaa
Getty Images

Os ataques dos hutis, do Iémen, são sistemáticos e fazem parte de um esforço regional mais vasto de desestabilização apoiado pelo Irão. Mas os analistas garantem que a pesada operação militar norte-americana montada contra o grupo não é sequer uma “estratégia” para o fazer colapsar. Pode tornar-se uma guerra dispendiosa e altamente desgastante

Os hutis, ou “Ansar Allah”, como são oficialmente conhecidos, tendem a ser caracterizados como um bando de rebeldes desorganizados. Mas, de acordo com Elisabeth Kendall, presidente da Girton College da Universidade de Cambridge, essa ideia “é incorreta e uma perigosa subestimação”. Os hutis são, em muitos aspetos, uma força de combate "mais disciplinada e eficaz do que o “Exército iemenita propriamente dito e pode considerar-se que terão vencido a guerra civil”: mantêm-se no controlo da capital, Sanaa, e controlam o território onde vivem cerca de dois terços da população do Iémen.

Um míssil balístico lançado a partir do Iémen atingiu, no domingo, o terminal principal do aeroporto internacional de Israel, o aeroporto Ben Gurion, perto de Telavive, depois de os militares não terem conseguido intercetar o projétil. Os voos foram temporariamente suspensos, e seis pessoas ficaram feridas. O Hamas elogiou o ataque, que ocorreu horas depois de o Exército israelita ter anunciado a mobilização de milhares de soldados da reserva, para reforçar a campanha militar em Gaza. O ataque ao aeroporto foi o quarto realizado pelos hutis contra Israel nas últimas 48 horas. Os outros três foram intercetados.

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