Guerra no Médio Oriente

Israel admite ter matado rapaz da Cisjordânia que identificou como “um terrorista”

Funeral do jovem assassinado pelas tropas israelitas
Funeral do jovem assassinado pelas tropas israelitas
Issam Rimawi / Anadolu / Getty Images

A vítima era um palestiniano-americano de 14 anos que estava com duas outras crianças que sofreram ferimentos de bala. Segundo o exército israelita, os jovens atiravam pedras para a estrada. “Os terroristas estavam a pôr em perigo os civis”, justificou

Israel admitiu, esta segunda-feira, ter matado um palestiniano-americano de 14 anos, em Turmus Ayya, nordeste de Ramallah, na Cisjordânia ocupada, afirmando que se tratava de "um terrorista que atirou pedras para a estrada, pondo em perigo" condutores.

A vítima, Omar Mohamad Rabea, foi detida pelas forças israelitas depois de estas terem disparado, não tendo resistido aos ferimentos, informou o Ministério da Saúde palestiniano.

“Os soldados abriram fogo contra os terroristas que estavam a pôr em perigo os civis, eliminando um terrorista e ferindo outros dois”, referiu, por sua vez, o exército de Israel.

Os outros dois feridos, identificados pelo exército como terroristas, são duas outras crianças de 13 e 14 anos, que também sofreram ferimentos de bala.

Violência em alta

O ataque teve lugar no domingo à noite, quando as três crianças estavam na rua, segundo o presidente da Câmara daquela localidade da Cisjordânia, Lafi Shalabi, que inicialmente disse que o ataque tinha sido perpetrado por colonos.

A violência na Cisjordânia ocupada aumentou desde o início da ofensiva israelita contra a Faixa de Gaza, com mais incursões do exército israelita e mais ataques de colonos a aldeias palestinianas.

Além disso, o recomeço dos bombardeamentos israelitas contra Gaza também se reflete em mais ataques em diferentes partes da Cisjordânia nas últimas semanas.

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