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Guerra no Médio Oriente

Jamie Shea: “Netanyahu não pode esperar de Trump o mesmo nível de apoio que tinha com Biden, a não ser que faça cedências”

Jamie Shea, ex-porta-voz da NATO
Jamie Shea, ex-porta-voz da NATO
Anadolu

Em entrevista ao Expresso, Jamie Shea, antigo vice-secretário-geral adjunto para os Desafios Emergentes de Segurança da NATO, defende que o acordo de cessar-fogo foi celebrado cedo demais e explica o que pode correr mal. Segundo o perito em estratégia e defesa, o radicalismo dos grupos xiitas e sunitas não está morto e enterrado, e Trump poderá não ser o líder mais diligente a gerir essas futuras ameaças

“Trump não quer começar a sua presidência com uma grande crise no Médio Oriente. Detesta crises e compromissos de segurança. Queria que Biden terminasse o trabalho para poder concentrar-se nas tarifas e na economia.” É por este motivo que Jamie Shea, porta-voz da NATO durante a guerra do Kosovo, em 1999, acredita que muitos aspetos ainda podem correr mal, minando a frágil possibilidade de paz.

O antigo vice-secretário-geral adjunto para os Desafios Emergentes de Segurança da NATO fala ao Expresso de uma “atmosfera” regional que pode fazer cair qualquer compromisso alcançado pelos israelitas e o Hamas. “No Médio Oriente, as probabilidades de as coisas correrem mal são sempre muito mais significativas do que as probabilidades de as coisas correrem bem”, afirma.

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