O primeiro-ministro do Catar, Xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, realizou uma conferência de imprensa em Doha, onde confirmou que foi finalmente alcançado um acordo de cessar-fogo, que entrará em vigor no domingo, 19 de janeiro. A primeira fase do acordo durará 42 dias e incluirá um cessar-fogo e a retirada das forças israelitas para leste, longe das zonas povoadas. Nessas primeiras semanas, as forças israelitas estarão posicionadas ao longo da fronteira de Gaza.
Além de, nesta fase estar prevista a libertação de 33 prisioneiros israelitas, incluindo mulheres e crianças, idosos e civis feridos ou doentes, também será o período de regresso das pessoas deslocadas às suas casas e de tratamento de pessoas feridas. Ao longo da primeira fase, deverá aumentar o fluxo de ajuda humanitária em todas as zonas da Faixa de Gaza, bem como a reabilitação de hospitais, centros de saúde e padarias.
Será permitida a entrada de combustível e equipamento de defesa civil, bem como bens de primeira necessidade para os deslocados que perderam as suas casas na guerra. Os pormenores que sustentarão a fase dois e três serão estabelecidos ao longo destes 42 dias.
O acordo - votado pelo gabinete de Benjamin Netanyahu às 11:00 (hora local), 09:00 em Portugal - começará com a ajuda americana na libertação dos cativos nos túneis do Hamas, como anunciou Joe Biden. “Tenho orgulho em dizer que os americanos farão parte da libertação de reféns na primeira fase”, disse, fazendo questão de referir que os elementos deste acordo são os que apresentou detalhadamente em maio de 2024.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) já adiantaram que estão a preparar-se para receber os reféns israelitas, ao abrigo de uma operação designada como “Wings of Freedom” (Asas da Liberdade). Mas Israel e o Hamas continuam em desacordo em algumas matérias.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt