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Guerra no Médio Oriente

Naim Qassem: o novo líder do Hezbollah é um político experiente, o que pode sinalizar vontade de pôr fim à guerra

Enquanto vice-secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem foi, várias vezes, porta-voz do grupo xiita libanês
Enquanto vice-secretário-geral do Hezbollah, Naim Qassem foi, várias vezes, porta-voz do grupo xiita libanês
Wael Hamzeh/EPA

Cerca de um mês após a morte de Hassan Nasrallah, o Conselho da Shura do Hezbollah designou o novo secretário-geral do grupo. A escolha recaiu em Naim Qassem, de 71 anos, que foi n.º 2 do grupo durante mais de 30 anos. “Dada a ferocidade da guerra com Israel, é interessante que o Hezbollah tenha nomeado um líder político experiente, em vez de um líder com uma vasta experiência militar”, diz ao Expresso um investigador atento ao Médio Oriente

Margarida Mota

Jornalista

Naim Qassem foi vice-secretário-geral do Hezbollah durante 33 anos. Nesse cargo, viu dois líderes do grupo serem assassinados por Israel. O primeiro, Abbas Al-Mousawi, foi morto a 16 de fevereiro de 1992, quando o carro em que seguia foi alvejado por um míssil disparado de um helicóptero Apache israelita, no sul do Líbano.

Sucedeu-lhe Hassan Nasrallah, que foi morto a 27 de setembro último, num bombardeamento das forças israelitas à zona xiita de Dahiyeh, bastião do movimento xiita libanês, num subúrbio a sul de Beirute. Esta terça-feira, aos 71 anos, Naim Qassem subiu, com naturalidade à liderança do movimento xiita libanês, num momento em que o grupo está sob fogo do poderoso vizinho.

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