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Guerra no Médio Oriente

Ensaio da investigadora Ana Santos Pinto: a tentação de fazer ‘scroll’ à questão palestiniana

Palestinianos choram vítimas do ataque israelita ao campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza
Palestinianos choram vítimas do ataque israelita ao campo de refugiados de Nuseirat, na Faixa de Gaza
Majdi Fathi/Nurphoto/Getty Images

Um ano após a matança cometida pelo Hamas a 7 de outubro de 2023, a guerra expande-se pelo Médio Oriente. Ana Santos Pinto, docente do Instituto Português de Relações Internacionais da Universidade Nova, analisa as motivações dos vários atores e a dificuldade em pôr fim ao conflito

Ana Santos Pinto

Investigadora do IPRI-NOVA

Dia 7 de outubro de 2023, 6h30. A rajada de rockets e mísseis lançada a partir de Gaza não fazia prever a tragédia que se seguiria. Mais de mil militantes do Hamas e outros grupos armados palestinianos entraram em Israel por terra, mar e ar. Lançaram o terror em 24 localidades, vários kibutzim e no festival de música Nova. Segundo o Governo de Israel, o ataque terrorista matou cerca de 1200 pessoas (822 civis, 314 militares), feriu mais de cinco mil e resultou no rapto de 252 reféns, uma centena dos quais permanece em Gaza. A violência de 7 de outubro deixará marca permanente na sociedade israelita pela brutalidade do ataque, pela surpresa da invasão e pela dimensão do número de vítimas. O Estado que nasceu para dar espaço seguro aos judeus herdeiros de gerações perseguidas durante séculos foi invadido não por um exército equipado com tecnologia de ponta, mas por militantes armados de metralhadoras, armas automáticas e granadas, que entraram no território de Israel praticamente sem oposição.

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