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Guerra no Médio Oriente

Ataque com “pagers” no Líbano: erro “provável” de Israel ou “o início de uma nova escalada de tensões” com o Hezbollah?

Cortejo fúnebre nos subúrbios do sul de Beirute, capital do Líbano, para as vítimas que morreram na sequência da explosão de centenas de pagers, no dia 17
Cortejo fúnebre nos subúrbios do sul de Beirute, capital do Líbano, para as vítimas que morreram na sequência da explosão de centenas de pagers, no dia 17
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Israel não se pronunciou sobre a explosão de centenas de aparelhos de comunicação, no Líbano, e a falta de informação sobre este ataque sem precedentes levantou algumas dúvidas sobre o momento em que ocorreu. O Hezbollah suspeitava das armadilhas? O ataque israelita foi de facto premeditado? E faz sentido ter acontecido agora?

Ataque com “pagers” no Líbano: erro “provável” de Israel ou “o início de uma nova escalada de tensões” com o Hezbollah?

Mara Tribuna

Jornalista

Há uma semana, pagers explodiam nas mãos e bolsos de libaneses, alguns da milícia Hezbollah, outros civis, incluindo crianças. No dia seguinte, foi a vez dos walkie-talkies. Cerca de 40 pessoas morreram e 3000 ficaram feridas nestes dois ataques que foram atribuídos a Israel. É habitual Telavive não reclamar ações clandestinas da Mossad (serviços secretos), mas o silêncio está a dar azo a teorias em torno do timing dos ataques: porquê agora?

Vários jornais internacionais, do “Washington Post” ao Al-Monitor, avançam que Israel estava com receio de que o Hezbollah suspeitasse das armadilhas nos aparelhos de comunicação e, por esse motivo, decidiu precipitar o ataque. O site de notícias independente pan-árabe escreve que dois membros do grupo islamita apoiado pelo Irão descobriram o plano da Mossad e conseguiram desarmar uma das bombas escondidas nos pagers, enquanto outra explodiu.

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