Guerra no Médio Oriente

Operação israelita “de luta contra o terrorismo” matou nove palestinianos na Cisjordânia

Operação israelita “de luta contra o terrorismo” matou nove palestinianos na Cisjordânia
Anadolu

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana já tinha anunciado a morte de dois homens pelas "forças de ocupação" em Jenin e o Crescente Vermelho Palestiniano recuperou os corpos de três pessoas de um carro bombardeado. Enquanto quatro homens morreram quando foram bombardeados por um drone israelita no campo de refugiados de Al Fara

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram esta quarta-feira a morte de nove palestinianos durante "uma operação de luta contra o terrorismo" no norte da Cisjordânia ocupada.

O exército israelita lançou de madrugada uma operação em Jenin e Tulkarem.

O Ministério da Saúde da Autoridade Palestiniana já tinha mencionado que dois homens de 25 e 39 anos foram mortos pelas "forças de ocupação" em Jenin.

Além disso, o Crescente Vermelho Palestiniano recuperou os corpos de três pessoas que estavam num veículo que foi bombardeado por um drone na cidade de Sir, localizada entre Jenin e Tubas.

Outros quatro homens morreram quando foram bombardeados por um drone israelita no campo de refugiados de Al Fara, a sul de Tubas, avançou a agência de notícias palestiniana WAFA.

Fontes indicaram à WAFA que os serviços de emergência estão a ter dificuldades em chegar às vítimas, porque o campo de refugiados foi cercado pelas IDF.

Tanques israelitas cercaram também os hospitais Al Isra e Thabet, em Tulkarem, tendo mesmo revistado um veículo médico.

O movimento Jihad Islâmica acusou Israel de "lançar uma agressão total contra o norte da Cisjordânia ocupada, numa guerra aberta e não declarada" e alegou que o objetivo final de Telavive é anexar a região.

"A ocupação comete os seus crimes à luz da escandalosa inação árabe, internacional e popular. A operação decorre enquanto a ocupação continua a cometer massacres genocidas em Gaza, ignorando os pedidos internacionais", disse o movimento, num comunicado citado pelo jornal 'Filastín'.

O grupo islamita palestiniano Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas, a maioria civis, de acordo com uma contagem da agência de notícias France-Presse, baseada em números oficiais israelitas.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas. Destas, perto de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 105 reféns continuam detidos no território palestiniano, 34 dos quais terão morrido.

Desde 7 de outubro, operações das IDF e ataques de colonos israelitas deixaram mais de 630 palestinianos mortos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

Em resposta ao ataque, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo e impondo um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

A campanha militar israelita fez 40.405 mortos e 93.468 feridos na Faixa de Gaza, informou no domingo o Ministério da Saúde do enclave, controlado pelo Hamas.

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