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Guerra no Médio Oriente

A “corda bamba” de Israel e a armadilha em que o Irão não quer cair: no Médio Oriente, ambos os lados temem escalar a guerra por procuração

Rockets e drones do Hezbollah atingiram algumas habitações em Acre, no norte de Israel
Rockets e drones do Hezbollah atingiram algumas habitações em Acre, no norte de Israel
Ammar Awad/Reuters

Quanto mais tempo durar o conflito entre o Hezbollah e Israel, mais se prolongará o risco de uma guerra alargada devido a erros de cálculo. No entanto, passados ​​10 meses e meio, Israel, o Hezbollah e o seu apoio, o Irão, evitaram uma escalada geral. O conflito entre o Hezbollah e Israel tem sido essencialmente uma “guerra de atração”, com ações cuidadosamente calibradas a decorrer no norte de Israel e no sul do Líbano. A escalada do fim de semana e a promessa de retaliação iraniana, que continua em suspenso, poderão mudar tudo?

Um equilíbrio cambiante e fugidio terá voltado à fronteira de Israel com o Líbano. Ou “status quo, o alívio gradual” - como Henri J. Barkey, analista turco no Council on Foreign Relations, prefere considerar, e que é o mesmo que dizer: um equilíbrio que facilmente tende para a entropia. Mas o risco a curto prazo de uma guerra mais ampla no Médio Oriente diminuiu ligeiramente depois de Israel e o Hezbollah, grupo do Líbano apoiado pelo Irão, terem trocado lançamentos de rockets e drones durante o fim de semana. Os militares israelitas atacaram o Líbano para frustrar um ataque maior, mas o episódio foi um dos maiores confrontos em mais de 10 meses de guerra fronteiriça. Terminou com danos limitados em Israel e sem ameaças imediatas de mais retaliação de qualquer um dos lados.

O ataque do Hezbollah foi apenas uma das duas grandes ameaças de ataque contra Israel que surgiram nas últimas semanas. O Irão também ameaçou atacar após o assassinato de um líder do Hamas, Ismail Haniyeh, que ocorreu quando o islamita visitou Teerão no final do mês passado. Terá então diminuído o risco imediato de uma guerra regional?

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