Guerra no Médio Oriente

Estados Unidos preparam-se para “todas as eventualidades” e Israel avisa que quem atacar pagará “preço alto”

Estados Unidos preparam-se para “todas as eventualidades” e Israel avisa que quem atacar pagará “preço alto”
RABIH DAHER/AFP/Getty Images

O Pentágono está a colocar recursos significativos na região para se preparar para uma possível necessidade renovada de defender o aliado de um ataque. Entretanto, face à escalada de tensões com o Hezbollah e o Irão, o ministro da Defesa israelita assegura que o seu país está preparado “tanto para uma resposta rápida, como para um ataque”

Um responsável da Segurança Nacional americana afirmou este domingo que os Estados Unidos se preparam para todas as eventualidades face aos receios de uma escalada militar entre Irão e Israel, reiterando que é urgente um acordo de cessar-fogo em Gaza.

Estamos a preparar-nos para todas as eventualidades, disse o conselheiro adjunto para a Segurança Nacional, Jon Finer, ao canal americano ABC, citado pela agência de notícias AFP, dois dias após o anúncio do reforço da presença militar dos Estados Unidos no Médio Oriente.

Segundo Jon Finer, o Pentágono está a colocar recursos significativos na região para se preparar para uma possível necessidade renovada de defender Israel de um ataque.

Ao mesmo tempo, estamos a trabalhar para desanuviar a situação diplomaticamente, porque não achamos que uma guerra regional seja do interesse de alguém neste momento, afirmou.

Os Estados Unidos mobilizaram mais navios de guerra e aviões de combate para proteger as suas tropas e o seu aliado Israel das ameaças do Irão e de grupos como o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.

Teme-se uma escalada militar entre o Irão e os seus aliados, por um lado, e Israel, por outro, na sequência da morte, na quarta-feira, do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, atribuída aos israelitas, após um outro ataque reivindicado por Israel que matou o chefe militar do movimento libanês Hezbollah, Fouad Shukr, perto de Beirute, na terça-feira à noite.

Não sei o que vão fazer nem quando o vão fazer, mas temos de assegurar que estamos preparados, afirmou, por seu lado, John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, na Fox News.

Apelos de vários países para saída rápida do Líbano

Os Estados Unidos, a par do Reino Unido, Suécia, Itália, França e Arábia Saudita, apelaram este fim de semana aos seus cidadãos para abandonarem o mais rapidamente possível o Líbano.

Cerca de 20 companhias aéreas cancelaram ou atrasaram os seus voos de e para Israel nos últimos dias devido às tensões na região, o que significa uma perda significativa de viajantes, indicou este domingo fonte aeroportuária.

Um porta-voz da Autoridade de Aeroportos israelita indicou à agência noticiosa espanhola Efe que, só este domingo, são esperados menos 10.000 passageiros no aeroporto Ben Gurion de Telavive, capital de Israel.

Quem atacar Israel pagará preço alto, avisa ministro

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, insistiu este domingo que o país está preparado tanto para uma resposta rápida, como para um ataquee alertou os seus inimigos que pagarão um preço alto em caso de uma ofensiva.

Numa visita à divisão do Exército dedicada à tecnologia no terreno, Gallant foi informado sobre a integração de novos tipos de armamento durante a guerra de Gaza.

Perante a escalada de tensões com o grupo xiita Hezbollah e com o Irão, o ministro defendeu que Israel está pronto a reagir tanto no solo como no ar.

Uma brigada da infantaria israelita completou esta semana um exercício militar para simular cenários de combate em território no norte do país, sendo a primeira vez que o Exército regular – não de reserva – realiza um ensaio militar na região.

No âmbito do exercício, as tropas ensaiaram cenários de combate, retirada de feridos, utilização de camuflagem e deslocação em terrenos densos e montanhosos.

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