Guerra no Médio Oriente

Tropas israelitas levam a cabo mais um massacre na Faixa de Gaza: 262 dias de guerra

Tropas israelitas levam a cabo mais um massacre na Faixa de Gaza: 262 dias de guerra
BASHAR TALEB/AFP/Getty Images

As forças israelitas bombardearam várias zonas de Gaza, provocando a morte de, pelo menos, 42 palestinianos. Em 24 horas, Israel vitimou mais de 100 pessoas residentes em Gaza

Este sábado foi marcado pela morte de, pelo menos, 42 palestinianos vítimas de ataques israelitas contra dois locais densamente povoados da cidade de Gaza: o campo de refugiados de Al-Shati e o bairro de Al-Tuffah.

De acordo com as primeiras informações divulgadas pelos órgãos de comunicação israelitas citadas pelo The Guardian, os bombardeamentos tinham como objetivo assassinar o chefe de operações do Hamas, Raad Saad.

O Hamas não comentou a alegação israelita de ter atingido as suas infraestruturas militares. Em comunicado, o Hamas afirmou que “a ocupação e os seu líderes nazis vão pagar o preço das suas violações contra o nosso povo”.

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, no espaço de 24 horas, as tropas israelitas tiraram a vida a, pelo menos, 101 pessoas em campos de refugiados e zonas residenciais e feriram outras 169. Grande parte das vítimas foram levadas para o hospital Al-Ahli. Desde o ataque aéreo israelita em Nuseirat, que vitimou 280 pessoas, que não existia um número tão elevado de mortos no conflito do Médio Oriente.

Na sexta feira, o Ministério da Saúde de Gaza afirmou que pelo menos 25 palestinianos tinham sido mortos em Mawasi, no oeste de Rafah, e 50 tinham ficado feridos.

De acordo com a agência Reuters, o exército israelita afirmou que o incidente estava a ser analisado. “Um inquérito inicial conduzido sugere que não há indícios de que um ataque tenha sido efetuado pelas forças de defesa de Israel na área humanitária de Al-Mawasi”, refere.

O conflito em curso na Faixa de Gaza, desencadeado no dia 7 de outubro de 2023, já vitimou mais de 37 500 pessoas. Passados mais de oito meses de guerra, o avanço de Israel centra-se, agora, nas duas últimas zonas que ainda não foram conquistadas: Rafah, no extremo sul de Gaza e a área em redor de Deir al-Balah, no centro.

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