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Guerra no Médio Oriente

TPI pede mandados de captura para Netanyahu, Gallant e três líderes do Hamas: a explicação de um caso único no Direito Internacional

Palestinianos atropelam-se para tentar receber comida, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza
Palestinianos atropelam-se para tentar receber comida, em Deir al-Balah, na Faixa de Gaza
Ali Jadallah / Anadolu / Getty Images

O procurador do Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou na segunda-feira que vai propor ao coletivo de juízes desta instância a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant e três líderes do Hamas - Yehia Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniyeh - por alegados crimes de guerra e crimes contra a humanidade. Netanyahu pode sair politicamente reforçado com esta ação do TPI ou é mais um passo no isolamento internacional de Israel? Oito perguntas e respostas para entender um caso histórico no Direito Internacional

TPI pede mandados de captura para Netanyahu, Gallant e três líderes do Hamas: a explicação de um caso único no Direito Internacional

Ana França

Jornalista da secção Internacional

A medida, tomada pelo procurador Karim Khan, é única na História das acusações no Tribunal Penal Internacional. Esta é a primeira vez que o TPI solicita mandados de prisão para um líder de um país democrático - isto porque são os tribunais de cada país democrático que devem julgar os seus líderes civis e militares. Só que, na opinião de Khan, Israel não está disposto a fazê-lo e por isso é preciso que uma instância judicial supranacional levante o assunto.

No panorama internacional, as reações a este pedido, que terá ainda de ser analisado pelos juízes do TPI e poderá levar meses, dividem-se. O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, classificou a decisão como “vergonhosa”; o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, através de um porta-voz, também criticou a medida, considerando que “não contribui para uma pausa nas hostilidades, nem para a recuperação de reféns, nem para a entrada de mais ajuda humanitária, nem leva a um cessar-fogo sustentável (...)”.

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