À medida que os tanques israelitas entravam em Rafah, no início da semana, bloqueando a fronteira da Faixa de Gaza com o Egito, o porta-voz do Conselho Nacional de Segurança (CNS) dos Estados Unidos, John Kirby, assegurava que um acordo de cessar-fogo por troca de reféns entre Hamas e o Governo de Telavive estava “perto de ser alcançado”. Mesmo assim, Kirby deixava críticas: “O encerramento dos dois principais pontos de acesso da ajuda humanitária [Rafah e Kerem Shalom] é uma medida inaceitável”.
Desagradada, a Casa Branca reforçou a pressão sobre o Governo liderado por Benjamin Netanyahu [‘Bibi’] e suspendeu o envio de um carregamento de armas, incluindo 3500 bombas. “O fornecimento deste equipamento tinha sido aprovado pelo Congresso, em particular 1800 bombas de 2000 libras cada [cerca de 900 quilos], usadas pelas forças israelitas no norte de Gaza na tentativa de destruir os túneis do Hamas”, esclarece ao Expresso um dos porta-vozes do CNS. “Todavia, dado o seu peso e o facto de não serem teleguiadas, estas mesmas bombas causaram a morte de civis e deixaram aquele território reduzido a escombros.”
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