Guerra no Médio Oriente

Hamas diz que “bola está do lado” de Israel para trégua em Gaza

Destruição total, na zona de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza
Destruição total, na zona de Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza
AFP via Getty Images

Hamas afirma que tinha concordado com a proposta apresentada pelos mediadores e que a decisão de tréguas cabe a Israel que rejeitou o acordo. A proposta previa uma trégua em três fases, que incluía a retirada israelita de Gaza e uma troca de reféns. O objetivo seria alcançar um cessar-fogo permanente, o que fez recuar Israel

O movimento islamita palestiniano Hamas declarou hoje, depois da partida da delegação do Egito, onde decorrem negociações, que "a bola está inteiramente do lado de Israel", com vista a um acordo de tréguas na Faixa de Gaza.

"A delegação negociadora deixou o Cairo em direção a Doha. A ocupação rejeitou a proposta apresentada pelos mediadores, que nós tínhamos aceite. Por conseguinte, a bola está agora inteiramente no campo da ocupação", nome dado a Israel pelo movimento islamita, indicou o Hamas, numa carta enviada às outras fações palestinianas.

Os representantes dos dois campos deixaram o Cairo "depois de dois dias de negociações" para uma trégua na guerra que dura há sete meses no enclave palestiniano, informou na quinta-feira o meio de comunicação Al-Qahera News, próximo dos serviços secretos egípcios.

Os esforços do Egito e dos outros países mediadores, neste caso o Qatar e os Estados Unidos, "prosseguem para aproximar os pontos de vista das duas partes", acrescentou o Al-Qahera News, citando uma fonte egípcia.

Na segunda-feira, o Hamas deu "luz verde" a uma proposta apresentada pelos mediadores que, de acordo com o movimento, prevê uma trégua em três fases, cada uma com a duração de 42 dias, incluindo uma retirada israelita do território, bem como uma troca de reféns detidos em Gaza e de palestinianos detidos por Israel, com o objetivo de um "cessar-fogo permanente".

Israel respondeu que esta proposta estava "longe das suas exigências" e reiterou a oposição a um cessar-fogo definitivo, enquanto o Hamas, que está no poder em Gaza desde 2007 e é considerado uma organização terrorista, não for derrotado.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, indicou ter dado instruções à delegação no Cairo para "continuar a ser firme nas condições necessárias para a libertação [dos reféns e] essenciais" para a segurança de Israel.

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