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Guerra no Médio Oriente

“Netanyahu tem de trazer os reféns de volta. Tento nem sequer pensar se é a pessoa certa ou errada”, diz irmão de prisioneiro em Gaza

Michael Levy
Michael Levy
NUNO BOTELHO

Em entrevista ao Expresso, Michael Levy conta como o irmão foi raptado pelo Hamas e a cunhada morreu logo a 7 de outubro. O casal tem um filho. “Como é que se pode dizer a um miúdo de dois anos que não vai ver a mãe?”, questiona-se o tio. Em dia de aniversário, Michael não se desvia do que considera essencial: a “missão” é resgatar os reféns e “não tratar de política” ou apontar “culpas”. “Trataremos de tudo isso mais tarde”, garante

Or Levy e Eynav Elkayam Levy tinham chegado há escassos minutos a um festival pela paz que foi palco dos ataques do Hamas em Israel a 7 de outubro. Fugiram para um abrigo, mas o grupo islamita palestiniano lançou granadas e entrou a disparar. Eynav acabou morta no local, Or foi raptado. Têm um filho de dois anos, Almog Levy. Michael, irmão de Or, falou ao Expresso num hotel em Lisboa três dias depois de três reféns terem sido mortos por soldados israelitas.

“Foi uma loucura. A sensação de que eles já estavam lá fora e quase a chegar a casa. E foram mortos. Foi uma tragédia. Não há culpados nestas situações horríveis”, diz sobre o incidente de sexta-feira. Michael não tem notícias do irmão há mais de dois meses, mas acredita que voltará, já sem Eynav, para junto da família e amigos. “Sei que vai voltar. Não sei como, não sei o que vou precisar de fazer. Tudo o resto é ruído de fundo”, prioriza.

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