Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

Haverá alternativa à guerra em Gaza? “A ideia de sair, entregar as chaves a um Governo palestiniano e então ter paz é uma ilusão”

Khan Yunis, Gaza
Khan Yunis, Gaza
Anadolu Agency

Um momento existencial: é assim que Yuval Shany, professor de Direito Internacional na Universidade Hebraica de Jerusalém, define o dilema que Israel enfrenta e se reacendeu com os ataques do Hamas, a 7 de outubro. Em entrevista ao Expresso, o analista assegura que muitos atos das Forças de Defesa de Israel se justificam, e comenta também que haverá ainda muito caminho a fazer até ao perdão

Não há como virar as costas a um conflito que o Hamas fez deflagrar, reflete Yuval Shany, investigador israelita e especialista em direito humanitário. Em 2018, Shany foi eleito presidente do Comité dos Direitos Humanos das Nações Unidas, um órgão que analisa a conformidade dos Estados-membros com o Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos. Numa avaliação às mais recentes notícias, que dão conta das movimentações das forças israelitas nas proximidades de hospitais e outras infraestruturas, Yuval Shany esclarece que a proporcionalidade e a relevância dos alvos é avaliada caso a caso, mas lembra que o grupo guerrilheiro Hamas não se faz em campos de treino militar, mas é composto por jovens que se encontram a cada esquina. É, por isso, uma guerra “brutal” e “violenta”, assume. E nada indica que esteja perto de acabar. Shany explica porquê.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: clubeexpresso@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate