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Soldado israelita em oração, numa área de movimentações militares, junto à Faixa de Gaza
Amir Cohen / Reuters
A violência dos colonos israelitas sobre as populações árabes é tão antiga quanto a própria ocupação dos territórios palestinianos, mas algo mudou desde 7 de outubro. Até então, os militares israelitas destacados para proteger os colonos eram cúmplices das suas investidas, só intervindo se fossem agredidos. Agora, com os soldados prioritariamente colocados na Faixa de Gaza e na fronteira com o Líbano, os militares na Cisjordânia são os próprios colonos. Os palestinianos estão indefesos e os números comprovam-no: desde 7 de outubro, o número de ataques de colonos duplicou. O relato foi feito ao Expresso por Yehuda Shaul, codiretor do think tank israelita Ofek, que se dedica a promover uma resolução pacífica para o conflito israelo-palestiniano e cofundador da organização Breaking the Silence
A 22 de setembro passado, estava ele longe de imaginar o pesadelo que iria viver dali a duas semanas, o primeiro-ministro de Israel subiu à tribuna da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, para proferir o habitual discurso anual reservado a representantes dos países membros da organização.
Ao realçar as vantagens para o Médio Oriente da aproximação entre Israel e vários países árabes, Benjamin Netanyahu mostrou à plateia um mapa da região. A mancha azul que assinalava Israel englobava também os territórios palestinianos. Na cabeça do líder israelita, Cisjordânia e Faixa de Gaza mais não eram do que regiões do Grande Israel.
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