Guerra no Médio Oriente

Netanyahu admite que Israel vai assumir, “por um período indefinido”, a responsabilidade pela segurança em Gaza

"Israel está em guerra e é hora de um governo de unidade nacional"
"Israel está em guerra e é hora de um governo de unidade nacional"
ABIR SULTAN

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, deixa assim em aberto a hipótese de Israel voltar a ocupar a Faixa de Gaza, de onde se tinha retirado em 2005

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, advertiu hoje que Israel ficará encarregado da segurança de Gaza por tempo indeterminado, quando terminar a guerra que travam naquele território contra o movimento islamita palestiniano Hamas.

"Acredito que Israel terá, por um período indefinido, a responsabilidade global pela segurança porque vimos o que acontece quando não a temos", frisou Netanyahu, num excerto da entrevista à estação norte-americana ABC.

"Quando não temos essa responsabilidade pela segurança, o que temos é uma erupção do terror do Hamas numa escala que não poderíamos imaginar", acrescentou.

O governante israelita respondeu, quando questionado sobre quem deveria governar Gaza quando a guerra terminasse: "Aqueles que não querem seguir o caminho do Hamas".

A 07 de outubro, o Hamas -- classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel - efetuou um ataque de dimensões sem precedentes ao território israelita, fazendo mais de 1.400 mortos, na maioria civis, e mais de 200 reféns, que mantém em cativeiro na Faixa de Gaza.

Iniciou-se então uma forte retaliação de Israel àquele enclave palestiniano pobre, desde 2007 controlado pelo Hamas, com cortes do abastecimento de comida, água, eletricidade e combustível e bombardeamentos diários, seguidos de uma ofensiva terrestre que completou na quinta-feira o cerco à cidade de Gaza.

A guerra entre Israel e o Hamas, que cumpre hoje o 31º dia e que continua a ameaçar alastrar-se a toda a região do Médio Oriente, fez até agora na Faixa de Gaza mais de 10.000 mortos, anunciou o Ministério da Saúde palestiniano, controlado pelo movimento islamita Hamas.

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