Exclusivo

Guerra no Médio Oriente

Médicos em Gaza “já mudaram modelo de triagem” e “hospitais deixam de ser locais onde se salvam vidas para serem armazéns de pessoas”

Médicos em Gaza “já mudaram modelo de triagem” e “hospitais deixam de ser locais onde se salvam vidas para serem armazéns de pessoas”
Belal Khaled/Anadolu/Getty Images

O alerta é do médico português Nelson Olim, especialista em medicina humanitária, conflito e catástrofe, que trabalhou em Gaza entre 2018 e 2019. “Os doentes graves já não têm qualquer hipótese de sobrevivência e são colocados de lado. Já não são tratados, porque não há sequer capacidade para olhar para eles, já estão todos fora do sistema”, afirma ao Expresso

Médicos em Gaza “já mudaram modelo de triagem” e “hospitais deixam de ser locais onde se salvam vidas para serem armazéns de pessoas”

Hélder Gomes

Jornalista

Nelson Olim é especialista em medicina humanitária, conflito e catástrofe. Foi coordenador de trauma da Organização Mundial de Saúde (OMS) para Gaza, onde trabalhou entre 2018 e 2019. Completou o Trauma Fellowship em Israel entre 2002 e 2003, durante a Segunda Intifada palestiniana. Além de Gaza, Cisjordânia e Israel, a sua experiência no terreno inclui áreas de conflito e desastres no Sudão do Sul, Somália, Irão, Iraque, Líbano, Afeganistão, Indonésia, Filipinas, Timor-Leste e Camboja.

Em entrevista ao Expresso, o médico fala do ataque recente a um hospital de Gaza, local que conhece e onde terão morrido centenas de pessoas. Volta a apelar a um cessar-fogo e à abertura de corredores humanitários, advertindo para o possível surgimento de cólera ou outra doença infecciosa. E se a fronteira em Rafah não for aberta, “ficamos sentados em casa a assistir a uma das maiores catástrofes humanitárias destes últimos tempos”, avisa.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: hgomes@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate