No posto há dois anos, Dor Shapira recebeu o Expresso no seu gabinete de trabalho durante o momento mais difícil que Israel atravessa em muitos anos. Sem querer entrar na questão de como foi possível o movimento islamita Hamas surpreender o seu país, conhecido pela competência de militares e serviços secretos, o diplomata agradece os apoios a Israel e aconselha a União Europeia a verificar para onde vai o dinheiro que entrega à Autoridade Palestiniana.
O mundo pergunta-se como foi possível as forças armadas e serviços de informações de Israel terem sido surpreendidos pelo Hamas. Há explicação?
Primeiro, é importante compreender que não estamos em guerra contra um país, mas contra uma organização terrorista. Quando se luta contra terroristas bárbaros, as regras são diferentes. Não são as das guerras que conhecemos. É mais comparável ao 11 de Setembro, ao combate contra o Daesh. Se houve erros do lado israelita, investigá-los-emos, mas não agora. Temos de nos concentrar em devolver a segurança ao povo de Israel.
O Egito afirmou ter alertado o Governo israelita para algo que iria acontecer…
Não sei. Não conheço essa observação, mas sei que o entorno do primeiro-ministro já afirmaram que não é verdade. Não tenho qualquer informação além da formal.
Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: pcordeiro@expresso.impresa.pt