Médio Oriente

Flotilha humanitária adiou para hoje partida de Tunes para Gaza

O primeiro navio da flotilha Global Sumud com destino a Gaza para quebrar o bloqueio israelita e entregar ajuda humanitária
O primeiro navio da flotilha Global Sumud com destino a Gaza para quebrar o bloqueio israelita e entregar ajuda humanitária
Anadolu

A flotilha Global Sumud, que reúne embarcações que partiram das costas espanholas no início de setembro com as delegações magrebinas, adiou a partida para Gaza a partir da Tunísia, prevista para este sábado, anunciaram os organizadores

A flotilha Global Sumud, que reúne embarcações que partiram das costas espanholas no início de setembro com as delegações magrebinas, adiou a partida para Gaza a partir da Tunísia, prevista para este sábado, anunciaram os organizadores.

A Flotilha Global Sumud (GSF, na sigla em inglês) informou através de um comunicado que 18 navios partiram este sábado de Itália e que os que se encontram na Tunísia "zarparão amanhã" [hoje, domingo] para se juntarem em alto mar e navegarem juntos na "maior missão marítima para Gaza" para levar ajuda humanitária.

Os navios que partiram no início do mês de Barcelona fizeram escala na útima semana na Tunísia para se juntarem ao resto das delegações do Magrebe, mas a partida conjunta foi sendo adiada por vários motivos.

Os organizadores atribuíram os atrasos anteriores à situação meteorológica e a problemas logísticos, mas não revelaram as razões deste novo adiamento.

As embarcações que se reuniram em Itália, que também enfrentaram atrasos, partiram finalmente este sábado da ilha da Sicília (sul) para se juntarem às restantes delegações em alto mar e rumarem juntos em direção a Gaza.

A flotilha enfrentou vários contratempos durante a paragem nos portos tunisinos, com os seus membros a denunciarem dois ataques "com drones" contra os navios "Família", de bandeira portuguesa e onde viajam elementos da organização, e "Alma", de bandeira britânica, em pouco mais de 24 horas.

As autoridades tunisinas declararam na quarta-feira que o segundo ataque foi "premeditado", depois de terem descartado que o primeiro fosse um "ato hostil" levado a cabo por drones, mas as investigações continuam.

Os navios, onde viajam ativistas de mais de quarenta nacionalidades - entre os quais a ecologista sueca Greta Thunberg e, de Portugal, Mariana Mortágua, Sofia Aparício e Miguel Duarte -, transportam alimentos e medicamentos destinados à população de Gaza.

O objetivo da Flotilha Global Sumud - que significa resiliência, em árabe -- é o de concretizar uma ação simbólica que dê visibilidade à situação humanitária na Faixa de Gaza e permita desbloquear o cerco restritivo à chegada de ajuda humanitária imposto por Israel.

As forças israelitas têm em curso uma ofensiva na Faixa de Gaza que causou mais de 64.600 mortos no território governado pelo Hamas desde 2007.

A ofensiva seguiu-se ao ataque do Hamas no sul de Israel, em 07 de outubro de 2023, que provocou cerca de 1.200 mortos e 251 reféns.

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