O Catar “emergiu como a improvável história de sucesso da primeira visita de Estado de Donald Trump no seu segundo mandato”, observa Mohamad Bazzi, diretor do Centro Hagop Kevorkian de Estudos do Oriente Próximo, em Nova Iorque. Não foi por acaso que a família real do Catar se voluntariou para doar um avião de luxo, o Boeing 747-800, de valor aproximado de 356 milhões de euros, para o Presidente dos Estados Unidos usar como Air Force One durante o resto do seu mandato.
Embora Trump tenha elogiado frequentemente os líderes sauditas e dos Emirados Árabes Unidos durante a sua primeira presidência (2017-21), criticou duramente o Catar, pequeno emirado rico em gás natural, mas ofuscado pelos dois países das proximidades, a Arábia Saudita e o Irão, maiores e mais poderosos. No segundo mandato, “o Catar parece ter conquistado o respeito de Trump com o seu generoso presente e uma ofensiva de charme, construída em torno do papel de mediador global capaz de unir os inimigos”, diz Bazzi ao Expresso. O Catar tem servido de principal canal para as negociações entre Israel e o Hamas desde o ataque do grupo palestiniano, em 7 de outubro de 2023, e a guerra devastadora de Israel em Gaza.
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