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Médio Oriente

Síria: agora começa a batalha pelos ausentes

Sírios procuram restos de entes queridos num local onde se suspeita que haja uma vala comum
Sírios procuram restos de entes queridos num local onde se suspeita que haja uma vala comum

Dezenas de milhares de pessoas desapareceram sem rasto durante o sinistro regime derrubado no passado dia 8. A queda de Damasco revelou os horrores das prisões políticas do tirano Bashar al-Assad

Palestina era nome que nenhum pai ou mãe queria associado a um filho nem a um sobrinho chamado Qusay, desaparecido aos 17 anos na prisão política com esse nome. Fora capturado há mais de uma década, em Damasco, por guardar canções proibidas. Com uma única pista, dois tios procuram Qusay nos restos de uma das mais reputadas cadeias dos serviços secretos de Bashar al-Assad, libertada a 8 de dezembro, dia em que o ditador foi deposto por uma coligação de rebeldes armados. Mohamed Ali Houbaybati, 62 anos, e o irmão Khaled, 50, analisam centenas de fotos tipo passe encontradas num escritório sujo e vandalizado. Sabem que uma é de Qusay, porque a viram, por sorte, numa reportagem recente de um canal libanês. E sabem que está morto.

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