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Médio Oriente

Presidenciais no Irão: regime dos ‘ayatollahs’ aceita um candidato reformista (além de cinco conservadores) para atrair votos

Tarja com as fotos dos seis candidatos às presidenciais iranianas, numa rua de Teerão
Tarja com as fotos dos seis candidatos às presidenciais iranianas, numa rua de Teerão
Atta Kenare/AFP/Getty Images

Os iranianos vão a votos a 28 de junho para escolher o sucessor de Ebrahim Raisi, morto num desastre de aviação. Com alguma surpresa, o regime autorizou a participação de um candidato reformista. Depois de, nas últimas presidenciais, a taxa de afluência ter ficado abaixo dos 50% pela primeira vez na história da Revolução Islâmica, “aumentar a taxa de participação para 50-55% seria considerado uma forma de legitimação do sistema político, após os protestos” decorrentes do caso Mahsa Amini, defende um analista iraniano. Estes são os perfis dos seis candidatos

Margarida Mota

Jornalista

A morte do Presidente do Irão, Ebrahim Raisi, há quase um mês, num acidente de aviação, antecipou em um ano a 14.ª eleição presidencial desde a Revolução Islâmica de 1979. A ida as urnas está marcada para 28 de junho.

O Conselho de Guardiães teve mão pesada e, dos 80 nomes que se registaram para ir a votos, aprovou apenas meia dúzia. Composto por seis teólogos nomeados pelo Líder Supremo e por seis juristas designados pelo chefe do sistema judicial, este Conselho é o órgão mais influente da estrutura de poder no Irão. Além dos candidatos à presidência, aprova também os deputados e membros da Assembleia de Peritos, que nomeia o Líder Supremo.

Dos seis nomes que passaram no crivo para as eleições, cinco são conservadores e um está identificado com a ala reformista, o que é novidade em relação às últimas presidenciais, nas quais não houve reformistas a ir a votos. A autorização da candidatura de Masoud Pezeshkian — antigo ministro que, não raras vezes, aponta o dedo ao regime — provocou alguma surpresa, mas há uma razão maior do que todas as outras para que o seu nome seja opção…

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