Irão: Paulo Rangel chama embaixador iraniano para condenar o ataque contra Israel e apelar à libertação do navio apresado
Ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel
Diogo Baptista/Lusa
Na reunião com o diplomata Seyed Majid Tafreshi, o Governo português também apelou à libertação do navio apresado pelo Irão, no sábado, no estreito de Ormuz, “à luz das obrigações de Portugal enquanto Estado bandeira”
O Ministério dos Negócios Estrangeiros português chamou esta terça-feira de manhã o embaixador da República Islâmica do Irão, Seyed Majid Tafreshi, para condenar o ataque ocorrido contra Israel no fim de semana.
Em comunicado, a tutela liderada por Paulo Rangel diz que a reunião “permitiu reiterar de forma veemente e categórica a condenação do recente ataque realizado contra o Estado de Israel”.
O Irão lançou na noite de sábado e madrugada de domingo um ataque com recurso a mais de 200 drones, mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos, a grande maioria intercetados, segundo o Exército israelita.
O Governo português também aproveitou para manifestar “a sua profunda preocupação com a escalada do conflito na região, apelando à máxima contenção”.
O navio com pavilhão português que foi apreendido pelas autoridades iranianas no Estreito de Ormuz, no Golfo Pérsico, no sábado, com um total de 25 tripulantes a bordo, também foi tópico de conversa.
“O encontro permitiu ainda renovar a exigência da libertação imediata do navio MSC Aries, apresado no estreito de Ormuz, à luz das obrigações de Portugal enquanto Estado bandeira.”
Foi também exigida a libertação da tripulação “que deve ser condignamente tratada enquanto o navio se mantiver apresado”. O navio porta-contentores capturado está ligado à empresa Zodiac Maritime, parte do Grupo Zodiac, com uma frota de mais de 180 navios e pertence ao bilionário israelita Eyal Ofer.