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Médio Oriente

Wafa Ali Mustafa muda a biografia nas redes sociais todos os dias. Hoje é o 3455.º dia da vida que esta refugiada síria não escolheu

Wafa Ali Mustafa com a fotografia do pai, Ali, levado pela polícia síria há mais de nove anos e desde então desaparecido
Wafa Ali Mustafa com a fotografia do pai, Ali, levado pela polícia síria há mais de nove anos e desde então desaparecido
DR

Wafa Ali Mustafa tinha 21 anos quando a revolução começou na Síria, e 23 quando o seu pai desapareceu. Em entrevista ao Expresso, a partir do exílio berlinense, deixa críticas ao mundo democrático e conta o desafio que é não saber se o pai está vivo ou morto e ser impedida de visitar a restante família

A Guerra da Síria começou há 12 anos. Com as revoltas árabes a levantar as areias de regimes fossilizados, um grupo de rapazes decidiu pedir, com um rabisco numa parede, a demissão do Presidente Bashar al-Assad. Na Tunísia e no Egito, os líderes caíram, mas Assad preferiu bombardear sua população até à submissão.

Wafa Ali Mustafa tinha 21 anos quando a revolução começou, 23 quando o seu pai desapareceu. Passa os dias a lutar para que o mundo não se esqueça dos que desapareceram nos calabouços de uma ditadura e acusa o Ocidente de ajudar a proteger o regime de Assad.

A tua biografia no WhatsApp muda todos os dias. É um número. São os dias desde o desaparecimento do teu pai?
Sim, são.

Pensas nisso todos os dias, nunca te esqueceste, nem um dia?
É a primeira coisa em que penso quando acordo e a última em que penso antes de adormecer.

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