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Médio Oriente

Pena de morte para palestinianos e reforma judicial antidemocrática: governado pela extrema-direita, Israel continua a ferro e fogo

Pena de morte para palestinianos e reforma judicial antidemocrática: governado pela extrema-direita, Israel continua a ferro e fogo
SOPA Images

A proposta de aplicar a pena de morte a palestinianos condenados por “atos de terrorismo” não é nova, mas o Executivo de Benjamin Netanyahu tem agora mais margem para aprová-la. Isso iria “alterar o estatuto da Cisjordânia face a Israel”, explica ao Expresso a especialista Ana Santos Pinto. Ao mesmo tempo, continuam os protestos contra a proposta que retira poder aos tribunais: “Este é um debate sobre o futuro de Israel enquanto estado e democracia”

O Parlamento de Israel (Knesset) aprovou de forma preliminar dois projetos de lei que preveem a pena de morte para palestinianos condenados por “atos de terrorismo” contra israelitas. Uma das propostas foi apresentada pelo partido do Governo, Likud (direita), liderado por Benjamin Natanyahu no poder com apoio de partidos nacionalistas e de extrema-direita sionista —, e outra por uma formação conservadora. As propostas são idênticas e foram votadas favoravelmente (55-9) na passada quarta-feira.

A pena de morte já é legal em Israel, mas só foi aplicada uma vez por tribunais civis: Adolf Eichmann, oficial nazi das SS responsável pela gestão logística do Holocausto, foi condenado à morte por enforcamento em 1962, dois anos depois de ter sido capturado pela Mossad na Argentina.

Em 2022, as forças israelitas mataram 146 palestinianos que viviam em território ocupado: foi o ano mais mortífero em décadas. E outros 60 foram mortos só em janeiro e fevereiro deste ano, aponta a ONG de defesa dos direitos humanos B’Tselem. No mesmo período, 14 israelitas foram mortos por palestinianos.

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